Interrogatórios seguem ordem listada na denúncia do
Ministério Público, com Edison sendo ouvido primeiro. Cristiana e Allana Brites
e Evellyn Perusso serão as últimas
A última bateria de audiências do assassinato do jogador
Daniel Correa Freitas deve ocorrer esta semana, no Fórum de São José dos
Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
A sessão começou por volta das 9h desta terça-feira, 13. E
nesta etapa, estão acontecendo os interrogatórios dos réus. O primeiro a falar
deve ser o comerciante Edison Luiz Brittes Júnior, o “Juninho Riqueza”, réu
confesso do homicídio. As informações são da Tribuna do Paraná.
O processo tem sete réus, dos quais seis foram presos. Entre
eles, Allana Emily Brittes, filha de Edison, que foi libertada semana passada
após conseguir um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os
outros permanecem presos.
Outras duas baterias de audiências já ocorreram este ano,
nos meses de fevereiro e abril. Conforme o ritual jurídico, em fevereiro foram
ouvidas as testemunhas de acusação, ou seja, pessoas designadas pelos advogados
que atuam como assistentes de acusação (em apoio à família do jogador Daniel).
Foram três dias de audiências, com 13 pessoas ouvidas, alguns bate-bocas entre
advogados, novas informações que não estavam no inquérito policial e surpresas
jurídicas.
Na segunda fase, em abril, foi a vez das testemunhas de
defesa dos réus serem convocadas. Em três dias, 44 pessoas foram ouvidas.
Alguns testemunhos ficaram pendentes e foram feitos por carta precatória – já
que as testemunhas são de outros municípios ou estados.
Conforme o ritual jurídico, os réus sempre são os últimos a
serem ouvidos, depois que todas as testemunhas deram seus depoimentos e que
todas as perícias e provas foram produzidas. E, em geral, segue-se a ordem
listada na denúncia feita pelo Ministério Público (MP).
Ainda estão pendentes para anexar ao processo dois laudos,
que são as pericias no celular de Daniel e das imagens da Shed.
Desta forma, Edison deve ser o primeiro a ser interrogado e
a expectativa é que sua oitiva demore um dia inteiro. Primeiro porque, durante
a fase de inquérito policial, Edison relatou à polícia os fatos somente até o
momento em que ele colocou Daniel no porta-malas do carro. Depois, ele se calou
e disse que se pronunciaria em juízo. Ou seja, ainda há muito a ser
“desbravado” na versão dele.
A partir daí, a polícia só sabe o que houve no local de
morte do jogador e fatos posteriores a partir dos depoimentos de David Willian
Vollero Silva, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King, que embarcaram no
carro junto com Edison e presenciaram o crime.
Depois de Edison, devem ser ouvidos, nesta ordem: Ygor,
David e Eduardo, além de Cristiana Rodrigues Brittes e Allana, esposa e filha
de Edison, e Evellyn Brisola Perusso, única ré que não foi presa em nenhum
momento do inquérito policial e da ação penal e está respondendo em liberdade.
Cristiana e Edison estão presos há nove meses e 12 dias – completados
nesta segunda-feira, 12. Allana, solta na semana passada, ficou exatos nove
meses e seis dias presa na mesma cela que a mãe, na Penitenciária Feminina de
Piraquara, onde Cristiana permanece. David, Eduardo e Ygor estão presos há
exatos nove meses e cinco dias.
Via Central Sul News/Tribuna PR
http://www.centralsulnews.com/publicacao/detail/1747-caso_daniel_e_retomado_nessa_terca_com_depoimento_de_edison_brittes