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Curitiba: Jovem empresário morre baleado no Largo da Ordem; suspeita que tiro saiu da Guarda Municipal

Mateus morreu no Hospital do Trabalhador. Foto: Reprodução/ Facebook.

“Tristeza sem fim”, diz familiar de jovem que morreu após ser baleado em confusão no Largo da Ordem

A família do jovem Mateus Silva Noga está revoltada com a morte do empresário. Mateus morreu no hospital, após uma confusão que aconteceu na noite de sábado, 11, em que ele foi atingido por um disparo feito, supostamente, por guardas municipais. A Guarda de Curitiba atuava para dispersar a aglomeração. De acordo com amigos, o disparo que matou o jovem foi de uma arma 12mm.

O tio de Mateus, Nivaldo, lamentou a morte do sobrinho e classificou a morte como um ‘erro grave’ por parte dos guardas.

“A família está triste, desmontada e está terrivelmente desorientada pelo que aconteceu. É uma tristeza sem fim. Não há dúvidas que tem erro e tem erro grave. Porque tratava-se de um encontro de jovens e ninguém agrediu ninguém. A vida de um jovem empresários foi tirada de forma bruta”, lamentou.

O tio pediu para que a situação seja investigada para que nunca algo parecido volte a acontecer.

“Nada nesse mundo vai trazer Mateus de volta. A família espera que toda a verdade seja esclarecida e seja divulgada. Que os poderes responsáveis consigam examinar todas as falhas que ocorreram para que nenhum jovem seja uma nova vítima”, disse para a Banda B na manhã desta segunda-feira, 13.

O amigo de Mateus Noga, Deiveson Noski, que estava com o jovem quando ele recebeu o disparo, disse que não viu nenhuma garrafada contra os GMs.

“Eu estava no chafariz tomando uma cerveja com o Mateus. Foi quando chegou a viatura da GM. Eles encostaram e começaram a dispersar a galera. Essa garrafada deve ter acontecido nesse momento, foi quando eles atiraram com a doze. Não vimos garrafada nenhuma”, disse.]

Noite de confusão generalizada

O sargento Cordeiro do Siate disse à Banda B que estava atendendo a adolescente quando, em seguida, chegou mais uma mulher ferida para ser atendida.

“A gente foi acionado para atender uma menor de 14 anos e a primeira informação que tivemos era de era uma vítima de agressão e quando chegamos no local percebemos que ela tinha ferimentos por arma de fogo. No momento, que estávamos atendendo chegou uma segunda vítima, uma mulher e uma terceira vítima que era um rapaz.”, contou.

Em noite de confusão generalizada, três são baleados no Largo da Ordem

A noite de sábado foi marcada por confusão generalizada no Largo da Ordem e as mulheres não estavam na confusão e acabaram sendo atingidas, segundo Cordeiro.

Outro lado

A Banda B entrou em contato com a Guarda Municipal de Curitiba, que emitiu nota sobre o ocorrido:

“A Guarda Municipal de Curitiba lamenta o falecimento de um jovem de 22 anos ferido por arma de fogo após uma confusão generalizada registrada na Rua Trajano Reis, no fim da noite deste sábado (11/9).

Uma equipe da GM foi acionada para conter uma briga envolvendo diversas pessoas na Trajano Reis. De acordo com relato dos guardas que atenderam a ocorrência, no local estavam aproximadamente 300 pessoas, grande parte consumindo bebida alcoólica e sem respeito ao distanciamento e ao uso de máscara. Ao chegar ao local, várias garrafas de vidro foram arremessadas contra os profissionais, que reagiram à injusta agressão.

Outras duas pessoas ficaram feridas: uma adolescente de 14 anos e uma mulher de 31. Os guardas prestaram socorro e acionaram o Siate.

Tão logo teve conhecimento do ocorrido, a Corregedoria da Guarda Municipal deu início à investigação para apurar fatos e responsabilidades. O procedimento vai apurar eventuais irregularidades, com as devidas providências previstas em regimento interno da corporação e demais legislações inerentes à matéria”, diz a nota.

Investigação

A GM ainda informou que abriu uma investigação para apurar os fatos ocorridos na noite do sábado, 15. Leia abaixo:

“A Corregedoria da Guarda Municipal de Curitiba abriu sindicância administrativa para apuração dos fatos. O procedimento tem prazo legal estabelecido de 15 dias, prorrogáveis por mais 15. No entanto, a Corregedoria pretende terminar a sindicância o mais rápido possível, a depender de documentos essenciais, como o recebimento do laudo do Instituto Médico-Legal (IML), para o esclarecimento integral dos fatos”, informa.

Via Banda B

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