O agora quase ex-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou nesta quinta-feira, 07, sua renúncia ao cargo, mas seguirá o posto de maneira interina até a escolha de seu substituto. Ele ficou por mais de três anos no cargo após substituir Theresa May.
Johnson assumiu o importante cargo em julho de 2019, por votações internas do Partido Conservador e para suceder Theresa May, que também havia renunciado ao cargo. Nos últimos meses, Johnson colecionou escândalos que marcaram os noticiários britânicos, principalmente na época da pandemia, onde foi flagrado participando de festas em Downing Street – sede oficial do governo - enquanto a população do Reino Unido passava por duras restrições e lockdown.
Nos últimos dias, a crise no governo aumentou após a renúncia de mais de 50 integrantes de sua gestão.
Outro escândalo marcante foi a nomeação do parlamentar Chris Pincher como assessor de Johnson, que foi denunciado por conduta sexual inapropriada, após ser acusado de apalpar dois homens em um clube privado em Londres, o que desgastou ainda mais o governo. A mídia acabou publicando diversos indícios de escândalos sexuais de Pincher nos últimos anos.
A equipe do agora quase ex-ministro explicou que tinham conhecimento do comportamento de Pincher, mas que as questões á haviam sido “resolvidas”.
Boris escapou recentemente de ser afastado do cargo via Câmara dos Lordes, em uma votação qual resultou 211 votos a favor e 148 votos contra, tendo uma vitória de Pirro. Porém, muitos de seus ex-apoiadores votaram em desfavor da permanência do ministro ao cargo, o que gerou mais desgastes junto ao Partido Conservador.