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‘Seu quintal é a floresta’, diz juiz que decidiu sobre a devolução da capivara Filó


'Não há animais de estimação no quintal da casa do autor porque o seu quintal é a própria Floresta Amazônica', escreveu o juiz

O juiz Márcio André Lopes Cavalcante, da 9ª Vara Federal Cível de Manaus, em seu despacho considerou que o local onde a capivara Filó estava – o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) – contava com ‘irregularidades que colocam em risco sua saúde e sua vida’. As informações são da Banda B. 

A avaliação do magistrado se deu com base em laudo apresentado por Agenor Tupinambá à Justiça. O documento assinado por veterinários, classificou como ‘inadequadas’ as condições a que foram submetidas a capivara no Centro de Triagem de Animais Silvestres. 

O juiz determinou que o documento elaborado por veterinários seja encaminhado ao Ministério Público Federal para que sejam ‘tomadas providências’, considerando que há outros animais que ainda se encontram no Cetas.

Segundo a decisão, a capivara ficará na casa do influenciador até o desfecho do processo e Agenor deverá prestar informações à Justiça sobre a saúde do animal. Além disso, também terá de dar ‘livre acesso’ aos órgãos ambientais para fiscalização da capivara.

Ao conceder a guarda provisória, o magistrado ponderou que a devolução da capivara ao antigo tutor é ‘medida plenamente reversível’. “Caso, ao final do processo, conclua-se que as condições em que o animal vive no centro de triagem do Ibama são melhores do que aquelas em que ele vivia, será possível o seu retorno ao Cetas. O que talvez seja irreversível será a manutenção da capivara no Cetas tendo em vista que, pelo relato da equipe técnica, existe concreto risco à saúde do animal”, anotou o magistrado.

Influenciador ‘vive na floresta’

No despacho assinado no último domingo, 30, o magistrado Márcio André Lopes Cavalcante avaliou que o impasse envolvendo Filó ‘é fruto de um profundo desconhecimento da realidade do interior do Amazonas e de um choque cultural’.

Para o juiz, o morador da zona rural no interior do Amazondas ‘vive em perfeita e respeitosa simbiose com a floresta e com os animais ali existentes’.

“Não há muros ou cercas que separam o casebre de madeira do autor em relação aos limites da floresta. Os animais circundam a casa e andam livremente em direção à residência ou no rumo do interior da mata. Não há animais de estimação no quintal da casa do autor porque o seu quintal é a própria Floresta Amazônica. Percebe-se, portanto, que não é a Filó que mora na casa de Agenor. É o autor que vive na floresta, como ocorre com outros milhares de ribeirinhos da Amazônia, realidade muito difícil de ser imaginada por moradores de outras localidades urbanas do Brasil”, assinalou.

COMENTÁRIO DO JACU:

Quando realmente é pra tirar das mãos de pessoas que maltratam os bichos, o Ibama não faz nada, deixa eles morrerem. Agora que a capivara é bem tratada e amada, eles vem cortar o laço com o dono. Esse país nosso é o da piada pronta. Se você maltrata, tem razão. 

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