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Lendas de Jaculand: As angústias e incertezas do sufrágio que se aproxima


Em um Reino muito distante que fica a um pouco mais de cem quilômetros adiante das famosas pradarias do Guará, localizado pouco ao centro-sul da grande Província das Araucárias, chamado carinhosamente como Jaculand, havia um feudo onde um grupo de nobres da corte desejavam se manter no poder, depois de quatro períodos de intensa monarquia. Mas o atual Rei, devido a imposição das leis eleitorais do Supremo Grande Império do Planalto Central, não poderia mais uma vez assumir o trono – mesmo que fosse escolhido e naturalmente, seria o favoritíssimo para vencer pela quinta vez o sufrágio, mas a Lei não permite. 

Porém, quando tudo se encaminhava para um acerto tranquilo de transição do mesmo grupo, qual o vice-Rei já se preparava para com naturalidade vestir o manto, eis que um dos próximos conselheiros do Rei, que por anos atende as demandas engenhosas do feudo, responsável há décadas por diversas obras e sendo um respeitado cavaleiro, presidente de agremiações de nobres desportos, se rebela com a ideia dos demais membros da corte em apoiar o vice-Rei, que já teria sido derrotado há três sufrágios passados por uma ex-Rainha. Mesmo com olhares de certa reprovação de burgueses que rodeiam o monarca, o rebelado começa a reunir outros descontentes próximos, além de cavaleiros de outras tendências que no passado lhe foram adversários – porém nunca inimigos mortais.

A situação começa a gerar preocupação ao poder central, pois como poderia se permitir uma ruptura de uma corte tão fortalecida por quatro reinados, o que poderia acarretar um certo enfraquecimento e novos adversários inesperados poderiam surgir no meio desse contexto. Mas o nobre cavaleiro-conselheiro, firme nas suas convicções e com gana de fazer façanhas ao mundo, bem no estilo de seus caudilhos compatriotas rio grandenses, até o momento se mantém postulante ao cargo, mesmo desafiando o poder central, mas com apoio de forte parlamentar do Centro-Cívico da capital das Araucárias, filho de um saudoso Conselheiro de Tribunal de Contas, de origem do Reino do Lobo Guará.  

No meio desse “entrevero” todo, eis que colocam em votação justamente em um ano de sufrágio, um polêmico projeto referente a soldos, que desagradou grande parte dos educadores do Reino, qual foi devidamente aprovado e acabou sendo um “fogo” amigo para o representante oficial do poder central que deverá concorrer no sufrágio de outubro. Além disso, esta decisão teria torrado a face de parte dos membros do parlamento aliados ao feudo pela aprovação de tal medida, criando desafios para aqueles que desejam conquistar a reeleição. Não será uma tarefa fácil e por consequência, pode acarretar em uma grande renovação naquela nobre Casa de Leis.

E fora isso, tudo começou a ficar mais complicado, pois apareceu um outro jovem cavaleiro empreendedor, que até então não participava desse jogo político-cortês, mas que agora também se coloca postulante ao maior cargo local, angariando de certa forma apoios inesperados e abrindo brechas para a parcela de votantes opositores que, a princípio, aguardavam a candidatura de agora um ex-opositor à situação, qual seria o proprietário de uma grandiosa rede de comércio local. Porém, este alegou que motivos pessoais, financeiros e até mesmo de futuras obras de novos empreendimentos, deveria declinar da sua candidatura,  “GAVANDO” nenhum milímetro sobre sua decisão.  

Diante do contexto que se apresenta, esse votantes podem agora não mais se sentirem  mais “viúvos”, enxergando em um novo líder um caminho a ser seguido. Ele tem o apoio de seu primo-irmão, outro parlamentar forte com raízes em Jaculand, mas também como bases fortes no Reino de San Jose de los Piñales, mas que foi muito votado no sufrágio de 2022 em Jaculand e por todos os outros reinos pertencentes à Grande Província das Araucárias, se tornando membro do Parlamento Federal e usa um chapéu como adorno.

Este fato também começou a gerar descontentamento no poder central e a criação de narrativas e intrigas pessoais. A intenção deste grupo opositor está tão real, que até um agora ex-candidato, então docente e diretor de núcleos educacionais, chegou a ser postulante ao mais alto cargo, mas surpreendentemente, selou aliança e irá segurar o cajado de líder da campanha do jovem cavaleiro inesperado.

E no meio dessa incrível trama, onde os interesses por novos ou velhos ares na corte estarão em jogo em outubro próximo, eis que há o imbróglio com os cavaleiros e damas do manto vermelho estrelado, que por diversos sufrágios passados, foram o fiel da balança no resultado final, pois há uma lenda que para onde “pendem”, o favorecido nunca perde.  

Acontece que este grupo, mesmo voltando ao Poder Geral do Planalto Central desde 2022, em feudos menores como Jaculand, possuem intrinsecamente muitas rusgas, divisões e atritos. Há membros desta agremiação que são muito ligados ao poder central do Reinado por anos, os quais são favorecidos por cargos e benesses e dividem cargos com poucos mais próximos – mas não com todos os estrelados – e muitos ficam descontentes pela falta de ousadia. O líder deste pequeno grupo favorecido, também do ramo lecionador, pretende ainda manter-se aliado ao poder central, que atualmente é representado pelo vice-Rei. A outra ala divergente, há anos briga por candidaturas de cavaleiros próprios “puro sangue”, mas sempre batem de frente com essa ala  mais privilegiada, digamos assim. 

Nesta situação, há uma grande incógnita para que rumo os estrelados vermelhos irão tomar e para que lado irão “pender”. A definição disso poderá ocorrer a partir dos próximos meses, pairando até agosto, tendo no meio disso intensas discussões, brigas de espadas e línguas afiadas, com muitas intrigas, choros e expurgos. 

E enquanto isso, os simples trabalhadores plebeus do Reino de Jaculand, mesmo com todas essas nuances e angústias, independente dos cavaleiros e damas escolhidos pelo sufrágio geral que se aproxima, esperam que o futuro seja tranquilo, sem tempestades, mesmo que para isso, tenham que trabalhar arduamente para manter todo esse sistema funcionando. Pois o poder do voto dizem que emana somente do POVO… Será?



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