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Mary Hellen, a jovem brasileira presa por tráfico na Tailândia pode ter prisão perpétua ou pena de morte

 


A irmã dela, Mariana Coelho, conta que a família está desesperada

A mineira Mary Hellen, presa na Tailândia por tráfico internacional de drogas, pode sofrer sanções das duríssimas leis do país asiático. A irmã dela, Mariana Coelho conta que tem sido desesperador, ainda mais depois de saber das leis da Tailândia, onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte ou prisão perpétua, dependendo da quantidade e das circunstâncias.

“Têm sido dias muito difíceis, porque eu fui pesquisar a fundo pra saber o país que ela estava, sobre as leis. Está sendo desesperador, tanto pra mim quanto para minha família, sabendo que a menina de 22 anos corre risco de vida, prisão perpétua, estão sendo muito pesados esses dias”, disse ela.

Como a família soube da prisão?

Mariana contou que ela e a família ficaram sabendo da prisão da irmã em áudio enviados por ela mesma enquanto ainda estava detida no aeroporto de Bangkok, no domingo (13/02). A irmã disse que não sabia que Mary Hellen estava fora do país, pois havia ido para Curitiba encontrar um rapaz que havia conhecido.

“Ela entrou em contato comigo domingo à noite e me mandou um áudio desesperada para eu fazer alguma coisa, porque ela tinha sido detida no aeroporto de Bangkok. Aí eu fiquei desesperada, porque eu nem sabia que ela estava na Tailândia, foi uma mensagem que eu não esperava receber”, disse ela.

“Foi a gota d’água. Porque imagina ouvir um áudio da sua irmã falando 'estou presa aqui na Tailândia?' E eu nem sabia se era por tráfico que ela tinha ido, depois que eu fiquei sabendo, quando saiu a matéria no site lá da Tailândia”, completou.

“Ela falou que ia para Curitiba, que conheceu um namoradinho, essas coisas que os jovens fazem hoje, que ela ia pra lá, que estava conversando com o cara fazia tempo, que tinha se interessado por ele. Não sabia que ela ia fazer uma viagem internacional, que ela nunca saiu do Brasil”, disse Mariana.

Segundo Mariana, depois dos áudios recebidos pela irmã, a família não teve mais nenhuma notícia da jovem. A mãe delas, que luta contra um câncer, precisou ser internada quando soube que a filha havia sido presa no país asiático.

“Até então, a gente está muito preocupada. A gente não sabe se ela foi julgada, se não foi. Nenhuma resposta oficial das autoridades de lá, não entraram em contato com a gente da família”, disse.

“Eu fui pesquisar e fiquei desesperada. A minha mãe como está doente, semana passada eu tive que contar pra ela, aí ela foi internada no hospital, ficou em uma semana, em estado de choque”, comentou.

Jovem pediu demissão uma semana antes

De uma família de cinco irmãos, Mary Hellen é a do meio, e Mariana, a mais velha. Filhas de pais diferentes, mas da mesma mãe, as irmãs moram em casas separadas em Pouso Alegre. Mariana contou que a irmã morava sozinha e paga aluguel, mas que pediu demissão de onde trabalhava, em uma churrascaria e inclusive com carteira assinada, uma semana antes do ocorrido.

“Ela pediu demissão uma semana antes. Mas ela estava estudando, fazendo autoescola, com o objetivo de comprar uma moto. Como todos esses jovens têm, planos, as coisas para fazer, ela estava empenhada nas coisas dela”, contou.

“Ela trabalhou bastante tempo lá (na churrascaria). Antes dela trabalhar nessa churrascaria famosa, ela trabalhou em várias lanchonetes como chapeira, trabalhou em padaria. Ela nunca ficou parada, sempre trabalhou, sempre correu atrás das coisas dela, desde muito nova”, completou a irmã.

Ela ainda conta que Mary Hellen é muito conhecida na cidade e sempre estava pronta a ajudar as pessoas que precisavam dela. A irmã contou ainda que ela nunca chegou a ser presa e que não sabia do envolvimento dela com o tráfico de drogas.

“Ela nunca foi presa, não tem passagem pela polícia. Ela é muito conhecida aqui (em Pouso Alegre), muito boa, ajudava muito as pessoas. Quando teve aquela enchente aqui em janeiro, ela ajudou bastante a gente, arrecadou 50 cestas básicas”, contou.

Família busca por ajuda

A família conta com a ajuda de advogados de Pouso Alegre, mas estão em busca de brasileiros que possam ajudar direto da Tailândia, para que Mary Hellen seja trazida ao Brasil.

“Eu estou buscando ajuda, resposta para a gente saber o que pode acontecer, o que pode estar sendo feito, para ajudar, para tirar ela de lá. A gente quer muito tirar ela, trazer ela pra cá; que ela pague sim essa pena desse crime que ela cometeu, mas que ela pague aqui no Brasil, porque ela é brasileira, uma cidadã brasileira”, comentou. “Duas advogadas se disponibilizaram a ajudar a gente, sem custo nenhum, se solidarizaram”, completou.

O que diz o Itamaraty?

O Itamaraty emitiu nota a respeito da prisão da jovem:

“O Itamaraty, por meio da Embaixada em Bangkok, acompanha a situação e presta toda a assistência cabível aos nacionais, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local. Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”.

A família deseja que ela cumpra pena no Brasil, o que realmente é muito difícil devido a falta de acordo internacionais que o país tem com a Tailândia.

COMENTÁRIO DO JACU:

A guria jovem acha que é vai ganhar dinheiro fácil somente fazendo uma "viagem do corvo" e acabou ferrando a própria vida. Game Over. Muito difícil reverter a situação dela, só se o Itamaraty realmente foi muito habilidoso para tentar removê-la para cá. Mas na última vez que isso ocorreu, lá na Indonésia, um brasileiro ficou por lá cravejado na pena de morte.

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